sábado, 24 de outubro de 2009

Provedor do Património

Um Provedor para o património cultural




Desde aqui, do nosso tópico de observadores, por vezes atónitos, do que vai ocorrendo no domínio dos conflitos entre interesses e pontos de vista, no que respeita a uma sensata e consensual política de promoção, valorização e preservação do património cultural, não podemos deixar de fazer o registo de que, no contexto do agravamento de uma crise estrutural de valores, não só financeiros e materiais, cada vez se torna mais urgente uma intervenção arbitral, de bom espírito e boa fé, capaz de intervir no sentido de mitigar as conflituosidades crescentes entre múltiplos intervenientes públicos e privados, institucionalmente tutelares ou dimanados da livre associação de múltiplos segmentos da dita sociedade civil.


À guerra, ninguém vai resolver nada. E necessitamos cada vez mais de uma intervenção benfazeja, consensualmente legitimada, credenciada para intervir nas matérias em relação às quais nem as instituições tutelares, nem as transmissoras do ponto de vista da legítima vontade de a comunidade intervir conseguem encontrar convergência.


A figura de um Provedor, supra-partidário, supra-político e supra-institucional, mas investido num papel consensualmente reconhecido, faz hoje todo o sentido.


Abordo aqui exclusivamente o domínio do património cultural material. Espero que outros se manifestem sobre o imaterial.


À atenção da recém-nomeada Ministra da Cultura e de todos as entidades e cidadãos envolvidos na defesa, valorização e promoção do património cultural.

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