Mensagem publicada em archport.
Ora perdeoem-me então os archportianos, o non sense, passe o estrangeirismo, parte dos orgãos de comunicação social ou tornou-se já numa patologia infecto-contagiosa?
Bem, uma via romana cujo traçado passa a pouco mais de uma centena de metros do que era, há dez anos, o aerodromo de Évora é um tópico recalcitrante da historiografia regional há quase um século, a bem dizer há quase meio milénio, André de Resende. Trata-se da designada Estrada dos Diabos, Mário Saa, As Grandes Vias (...), etcetera e tal. Para quem o quiser posso cartografá-la.
O que não sabíamos ainda era que os romanos já por aqui andavam no Século IX/VIII AC, II Período da Idade do Ferro. Que estabeleciam as suas necrópoles junto das vias, que já lá estavam quando os autóctones estabeleceram as suas, apropriando-se de uma novidade romana.
Bem, que isto não tem qualquer sentido já todos perceberam.
Todavia, para esclarecer outros episódios, seria conveniente saber se o paradoxo é da responsabilidade do arqueólogo nomeado, ou se do jornalista. A mim, quer-me parecer que a APA devia propor um curso de reciclagem disponível para os jornalistas que intervêm sobre esta matéria. Resguardava-se a reputação dos arqueólogos.
E continuo a recalcitrar na minha sugestão, a arqueologia tem que se reapropriar dos instrumentos de sociabilização da cultura arqueológica. É uma tarefa de cidadania. Caso contrário, aonde iremos parar?
Referente a notícia do Público, 05.06.09, amplamente comentada em archport.
Aproveito para citar e o recordar, António Carlos Valera, Praxis Archaeologica 3, 2008.
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